quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Aula de Teclado para iniciantes - N° 3

 Olá Pessoal, Nesta aula iremos aprender mais sobre acordes e tons relativos

Relativos 

Se observarmos atentamente notaremos que as mesmas notas que formam a escala de dó maior são as mesmas que formam a escala de lá menor, bem como as notas da escala de sol maior são as mesmas da escala de mi menor.

Portanto, são tons relativos:


Toda tonalidade maior tem como seu tom relativo uma tonalidade menor, e toda tonalidade menor tem com seu tom relativo uma tonalidade maior.

Formação de Acordes 

Cifras 

É um processo utilizado para representar os acordes, para isso utiliza-se as letras do alfabeto.


É muito importante ao principiante reconhece-las em qualquer posição do teclado, descartando qualquer opção de escrever ou colar seus nomes sobre as teclas.

Acorde 

Acorde é um conjunto de notas, tocadas juntas ou arpejadas (tocando uma nota após a outra), seguindo alguns princípios para a sua formação.

Acorde Maior 

Tomando com exemplo a escala de C:


Temos:                         
                                    

Um acorde maior, no caso, dó maior, tomamos as seguintes notas: 

 a) A nota fundamental do acorde que na qual leva o nome do acorde (C no caso) 
 b) Uma terça (E
 c) Uma quinta (G

Consequentemente o acorde de F é formado:


Acorde Menor (m) 

O acorde menor é representado pela letra “m” minúscula (Exemplo Cm, Dm, Em, Bm, e muitos outros).

Tomamos com exemplo a escala de C:


Um acorde maior, no caso Cm (dó menor),tomamos as seguintes notas:

a) A nota fundamental do acorde (1a ) que na qual leva o nome do acorde (C no caso) 
b) Uma terça menor (Eb), diminuindo meio (1/2) tom de E 
c) Uma quinta (G)

 Cm (dó menor) 

Do mesmo modo acontece com o acorde de Gm (sol menor): 


a) A nota fundamental do acorde (1a ) que na qual leva o nome do acorde (G no caso) 
b) Uma terça menor (Bb), diminuindo meio (1/2) tom de B
c) Uma quinta (D)


Acorde Sustenido Maior (#) e Acorde Bemol Maior (b) 

Acorde Sustenido 

É um acorde normal apenas elevando-se meio (1/2) tom de cada nota do acorde





Acorde Bemol

É um acorde normal apenas diminuindo-se meio (1/2) tom de cada nota do acorde.


Acorde Maior Com Sétima (7) 

É apenas o acréscimo de uma quarta nota no acorde. 

Tomando por exemplo a escala de C:




Um acorde de C7 (dó com sétima) tomamos as seguintes notas: 

a) A nota fundamental do acorde (1a ) que na qual leva o nome do acorde (C no caso) 
b) Uma terça (E)
c) Uma quinta (G) 
d) Uma sétima (Bb), a sétima nota diminuindo meio tom.




Acorde Menor Com Sétima (m7) 

 É apenas o acréscimo de uma quarta nota no acorde menor. 

 Tomando por exemplo a escala de C:


Um acorde de Cm7 (dó menor com sétima) tomamos as seguintes notas: 

a) A nota fundamental do acorde (1a ) que na qual leva o nome do acorde (C no caso) 
b) Uma terça menor (Eb), diminuindo meio tom da terça. 
c) Uma quinta (G) 
d) Uma sétima (Bb), a sétima nota diminuindo meio tom.


O que diferencia um acorde maior de um acorde menor é a terça (3a nota do acorde), no acorde menor ela é diminuída meio tom.

Tabela de Acordes:




Note que a 7a (exemplo D7), sempre será um (1) tom abaixo da nota que dá nome ao acorde. 

Em D7 a 7 a será a nota C


Esperamos que tenham gostado destas aulas, Para a proxima aula, iremos ver : Inversão de Acordes e Como usar as Duas mãos no teclado!
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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Aula de Teclado para iniciantes - N° 2

Olá Músicos, Neste tópico iremos dar continuidade a aula de teclado para inicantes.

Aula passada, conhecemos mais sobre o teclado e hoje vamos conhecer as notas, escalas e acidentes.

As Notas 

 Como qualquer instrumento musical as notas básicas são: 

dó ré mi fá sol lá si 

Para uma melhor identificação das notas no teclado pode-se usar um modo bem simples: 

A primeira tecla branca antes das duas teclas pretas sempre será a nota .




A primeira tecla branca antes das três teclas pretas sempre será a nota .





Seguindo a nota dó para cima (da esquerda para a direita) teremos: 

dó ré mi fá sol lá si dó ré mi ...

A distância de uma nota até a sua próxima repetição é chamada de oitava. 


              dó ré mi fá sol lá si dó ré mi ...


Na maioria das vezes um teclado possui no mínimo quatro oitavas, podendo em alguns modelos possuir mais de seis oitavas.


Os Acidentes 

As teclas pretas do teclado representam uma alteração nos sons das teclas brancas, aumentando ou diminuindo a sua tonalidade.


Sustenido (#) 


Aumenta a nota em meio (1/2) tom (da esquerda para a direita)


Chama-se dó sustenido (nota dó aumentada meio (1/2) tom).

Bemol (b) 

Diminui a nota em meio (1/2) tom, (da direita para a esquerda).  



Chama-se sol bemol (nota sol diminuída meio (1/2) tom). 

Com as demais notas repete-se o mesmo processo: 

Fá aumentando meio (1/2) tom            =                 Fá# (fá sustenido) 
Lá aumentando meio (1/2) tom            =                 Lá# (lá sustenido) 
Ré diminuindo meio (1/2) tom             =                 Réb (ré bemol) 
Lá diminuindo meio (1/2) tom             =                 Láb (lá bemol)


Portando há notas com o mesmo som, mas com nomes diferentes:
         Dó# = réb (dó sustenido é igual a ré bemol) 

 Por que ?

Porque aumentando meio (1/2) de dó será igual a diminuirmos meio (1/2) tom de ré.

O conjunto de uma oitava com as notas brancas e pretas é chamado de Escala Cromática. Onde aparecem 12 semitons (semitom = meio tom).

  dó dó# ré ré# mi fá fá# sol sol# lá la# si
      réb        mib          solb         láb      sib 

Note que há uma igualdade no som de algumas notas:

dó#  =  réb 
ré#   =  mib 
fa#   =  solb 
sol#  =  láb 
la#   =  sib 

 As únicas notas que não são separadas por meio tom são:

mi e  fá 
si  e  dó 

 Ou seja não costuma-se chamar de mi# ou fáb, ou ainda, dób ou si#

Tom = semi tom (meio tom(½)) + semi tom (meio tom (½)) 

A distância entre dó e ré é de 1 tom (dois semi tons)

De dó até dó#, meio tom. 
De dó# até ré mais meio tom 
Então a distância de dó até ré é de 1 tom 

Escalas

Antes de começarmos a formação dos acordes, é necessário que o aluno saiba quais notas irão fazer parte na formação destes acordes. 

Este conjunto de notas que irão fazer parte na formação dos acordes chamamos de Escala.

Por exemplo, a escala de dó.

dó       ré      mi      fá     sol     lá     si  

Neste conjunto de notas iremos formar os acordes da tonalidade de dó maior.

Escala maior

A escala maior é formada por: 

Escalda de dó maior: 

Nota fundamental                   dó 
2 tons                                     ré, mi 
1 semi tom (1/2 tom)             fá 
3 tons                                     sol, la, si 
1 semi tom (1/2 tom)             dó

Escala de sol maior:

Nota fundamental                           sol 
2 tons                                              lá, si 
1 semi tom (1/2 tom)                       dó 
3 tons                                              ré, mi, fá# 
1 semi tom (1/2 tom)                       sol 

Escala menor 

A escala menor é formada por: 

 Escalda de la menor:

Nota fundamental                            lá 
1 tom                                                 si 
1 semi tom (1/2 tom)                       dó 
2 tons                                                ré, mi 
1 semi tom (1/2 tom)                       fá 
2 tons                                                sol, lá 

Escalda de mi menor:

Nota fundamental                            mi 
1 tom                                                 fá# 
1 semi tom (1/2 tom)                        sol 
2 tons                                                 lá, si 
1 semi tom (1/2 tom)                        dó 
2 tons                                                 ré, mi 


Nesta aula aprendemos sobre as Notas, Escalas e Acidentes. 
Para a próxima aula iremos aprender sobre Tons Relativos, Formação de Acordes e Cifras.

Esperamos que tenham gostado, não esqueça de curtir o artigo, se inscrever no Blog para receber as notificações e divulgar nosso trabalho. 






sábado, 17 de agosto de 2024

Aula de Teclado para iniciantes - N° 1

Olá Músicos, Neste Tópico iremos iniciar as aulas de teclado para iniciantes, Para isto, recomendamos que tenha o instrumento em mãos para acompanhar as aulas.

Antes de começar a tocar músicas, precisamos conhecer o instrumento e os tipos que existem, Neste tópico iremos  conhecer mais sobre o Teclado.

Conhecendo o Seu Instrumento

O teclado 

O teclado é um dos instrumentos mais utilizados atualmente, por causa da sua grande flexibilidade e diversas finalidades no mundo da música.

Com um simples teclado pode-se dispensar o acompanhamento básico de outros componentes de um grupo musical (baterista, guitarrista, contrabaixista, etc.). 

Tipos de teclados 

Sintetizadores 

Possuem vários timbres (sons) que na qual podem ser editados (alteração de freqüências, modulação, efeitos, etc.), com isso criando novos timbres (sons).

Teclados com acompanhamento automático 

São teclados que possuem vários estilos musicais (pop, jazz, rock, balada, samba, bossa nova, dance, e muitos outros), onde pode-se criar e modificar outros estilos, acompanhados por parte rítmica (bateria), baixo, strings, cordas (violão, guitarra), metais (trompete, trombone, etc.), bem como ainda pode-se sintetizar estes timbres (sons). 

Workstations 

São teclados mais complexos, que envolve síntese de sons e sequenciadores para composição, arranjos de partes musicais ou peças musicais completas, e ainda possuem a capacidade de síntese de timbres (sons). 

Pianos digitais 

São teclados com várias teclas (76,88), que possuem vários timbres de piano, gran piano, piano elétrico, cravo, etc.. 

Controladores 

São teclados com várias teclas (76,88), na maioria das vezes não possuem timbres, que tem a finalidade de controlar outros instrumentos digitais através de MIDI (comunicação entre instrumentos digitais), controla uma bateria eletrônica, computadores, módulos de som, etc..


Atualmente existem inúmeras marcas de teclados, que vão dos mais simples aos mais sofisticados com grande possibilidade de síntese de sons e arranjos musicais. 

Marcas mais conhecidas: 

                                                   Cassio                     Yamaha                             Kawai

                                                   Roland                    Korg                                  Alesis 

                                                  Techinics                 Solton                                Ensomiq 

                                                  Peavy                    General Music(GEM)         Minami

                                                  Kurzwell                 CCE                                  E-mu


Nesta primeira aula, Conhecemos sobre o instrumento, na próxima aula iremos conhecer:

As Notas 

Os Acidentes

As Escalas.

Esperamos que tenham gostado, custam, sigam o blog e compartilhem!!

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

PERCEPÇÃO E AFINAÇÃO

 PERCEPÇÃO E AFINAÇÃO

 Para uma boa afinação é de suma importância o desenvolvimento da percepção musical que nada mais é do que a prática para a identificação da altura tonal, a relação entre intervalos numa melodia, a divisão rítmica, a intensidade do som, entre outros aspectos musicais. 

Quanto mais treinado o ouvido estiver para reconhecer tais particularidades da canção maior será a habilidade de um instrumentista ou de um cantor. Por isso considero essencial para quem deseja desenvolver o canto utilizar um instrumento harmônico no momento do estudo.

O piano (ou teclado), seria o mais indicado por possibilitar a visualização das escalas musicais e seus respectivos intervalos. Se você tem problemas como afinação vocal aguce os seus ouvidos usando estratégias que desenvolvam a sua percepção musical.

 DEZ DICAS PARA DESENVOLVER A PERCEPÇÃO MUSICAL 

1- Aprenda a escutar uma canção Ouça muita música e de preferência músicas que tenham “qualidade musical” em termos harmônicos e melódicos. 

Procure sobretudo desenvolver sua escuta observando todos os detalhes da canção, a parte rítmica do texto, ou seja, como ele é expressado ritmicamente e o caminho melódico, as variações de agudos e graves da melodia. 

Aprender a ouvir pode ser de grande serventia não só para o crescimento musical, mas para muitos aspectos da vida! 

2- Tire os vocais das músicas Tente tirar a “segunda voz” (o coro ou backing) das suas músicas preferidas.

3- Conheça a escala de Dó maior


Comece a aprender um pouco de teoria musical iniciando pela escala de Dó maior. 
Identifique a escala em seu instrumento (no piano ou teclado é bem mais fácil) e toque-a em sua forma diatônica, ou seja, de dó a dó num total de oito notas: “dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó” (só as notinhas brancas do teclado). 
Depois toque-a em sua forma cromática de meio em meio tom, num total de 13 notas (teclas brancas e pretas). Repita cantando a escala juntamente com o som do instrumento de forma crescente (do grave para o agudo) e depois decrescente (do agudo para o grave).

4- Identifique os intervalos musicais



Intervalo musical é a distância entre duas notas. 
Toda melodia é formada por vários intervalos musicais.
Por isso estudar esses intervalos é de suma importância para melhorar a afinação. 
Sugiro que você toque num instrumento harmônico vários intervalos diferentes usando sempre duas notas distintas. Num primeiro momento apenas ouça e depois “imite” esses sons. Exemplo: “dó – ré” (2ª maior), “sol – si” (3ª maior), … 

5- Descubra os intervalos das canções

Procure descobrir os intervalos iniciais de suas músicas preferidas. 
Por exemplo: no caso da música “O Bêbado e o Equilibrista” de João Bosco, o intervalo inicial é de quatro notas, uma 4ª justa ascendente, formada por dois tons e um semitom.
Assim neste caso se a primeira nota for “dó”, para formar o intervalo a próxima deverá ser “fá”. Desta forma: “Ca (dó) – í (fá) – a (fá) a tarde feito um viaduto…”  

7- Cante escalas cromáticas:


Fazer exercícios em semitons (de meio em meio tom) são muito recomendados para educar o ouvido. Toque todas as notinhas do teclado (brancas e pretas) e repita junto com o piano.

8- Cante em Bocca Chiusa:


Repita todas as notas do exercício das escalas cromáticas em Bocca Chiusa ou Humming (som do “M” grande com lábios serrados e dentes entre abertos) e somente depois com vogais. 
O Bocca Chiusa é um excelente exercício para ajudar na percepção da afinação na emissão.

9- Faça o movimento do som


Cantar os exercícios vocais fazendo movimentos com as mãos quando sobem ou descem as notas, também pode ajudar na compreensão dos intervalos e melhorar a afinação.

10- Sempre se grave cantando


Tenha o hábito de se gravar cantando e depois confira pequenos trechos da melodia no piano. 
Nada como você mesmo começar a identificar as pequenas imperfeições de emissão. 
Sem dúvidas os efeitos deste tipo de trabalho não são percebidos de um dia para o outro. 
Somente com persistência e a continuidade do estudo conseguimos alcançar bons resultados!



Esperamos que tenham gostado e pedimos que divulguem nosso Blog e confiram nossa Pagina de Arquivos para Coral!




quarta-feira, 19 de abril de 2017

Modos Gregos

Modos gregos são tipos de escalas. Talvez você já tenha ouvido por aí os nomes “mixolídio”, “dórico”, ou algo semelhante. Parece coisa de outro mundo, não? Pois bem, mostraremos que esses e outros nomes são, na realidade, assuntos muito simples e fáceis de se entender e praticar. Eles aparecem no contexto de modos gregos.

Mas o que são os modos gregos afinal?!

Os modos gregos nada mais são do que 7 modelos diferentes para a escala maior natural. Vamos detalhar para ficar mais claro:
Pegue a escala maior natural. Ela corresponde ao primeiro modo grego, o chamado modo Jônico (ou Jônio). Essa nomenclatura nós mostraremos mais adiante de onde veio, não se preocupe com isso agora.
Muito bem, você já sabe um modo grego! Meus parabéns!!

Modo Jônico

Para ficar mais fácil, vamos trabalhar em cima da escala de dó maior como exemplo. Já sabemos então qual é o modo Jônico:
C, D, E, F, G, A, B
Sequência observada: tom-tom-semitom-tom-tom-tom-semitom
Desenho do modo jônico:

Dica: É a própria escala maior.
Obs: Para todos os modos, colocaremos a sequência observada, uma dica e o desenho da escala.
Os modos gregos são bem mais utilizados nos instrumentos de cordas, você irá compreender isso durante a leitura desse artigo.
O próximo modo é o chamado modo Dórico. Ele nada mais é do que a mesma escala maior que estamos trabalhando, porém começando da nota Ré.

Modo Dórico

Segue abaixo o modo dórico:
D, E, F, G, A, B, C
Sequência observada: tom-semitom-tom-tom-tom-semitom-tom
Desenho do modo dórico:

Dica: É a escala menor com a sexta maior.
Bom, talvez você ainda não tenha reparado a utilidade disso. Geralmente aqui a galera começa a se atrapalhar e achar um tédio esse estudo. Pois bem, vamos explicar direito isso para que você não desista sem motivo!
Nós acabamos de tocar Ré dórico, certo? Isso automaticamente significa que a tonalidade é Dó maior. Por quê? Justamente por que nós construímos a escala dórica utilizando as notas da escala maior de Dó.
O formato tom-semitom, etc. deduzido para a escala dórica ficou diferente da escala maior natural pelo fato de estarmos começando com outra nota que não o primeiro grau. Começamos do segundo grau. Por isso que há diferença no desenho. Entendido isso, podemos encontrar uma aplicação prática.
No estudo de campo harmônico maior, mostramos os acordes que fazem parte da tonalidade de Dó maior. Imagine, por exemplo, que uma música começa em Ré menor e depois continua com os acordes: Am, F e Em. Podemos concluir que a tonalidade dessa música é Dó maior, mesmo que o acorde de Dó não tenha aparecido nenhuma vez na música (até aqui, nenhum conceito novo!).
Então, se queremos improvisar um solo em cima dessa música, utilizaremos a escala de Dó maior. Mas, como a música começa em Ré menor, nosso solo poderia começar com a nota Ré em vez da nota Dó para dar uma ambiência mais característica, certo?
É aqui que entra o tal do Ré dórico! Podemos dizer que estamos solando em Ré, pois estamos “enfatizando” a nota Ré (começando e terminando com ela), mas usando a escala de Dó maior. Moral da história: estamos usando para o nosso solo a escala de Ré Dórico, pois o acorde é Ré menor mas a tonalidade é Dó.

Modo frígio

Ok, vamos prosseguir. Agora vamos usar a escala maior de Dó começando da nota Mi. A sequência ficará assim:
E, F, G, A, B, C, D
Sequência observada: semitom-tom-tom-tom-semitom-tom-tom
Desenho:

Dica: É a escala menor com o segundo grau menor.
Esse é chamado modo Frígio. A utilização prática é exatamente a mesma do exemplo anterior, mas pensando em Mi menor em vez de Ré menor. Se quiséssemos solar em Mi menor uma música que estivesse com a tonalidade de Dó maior, utilizaríamos a escala de Mi Frígio.

Modo lídio

O próximo modo grego é o modo Lídio. Ele começa com o quarto grau da escala maior. Apenas para recapitular, estamos utilizando como exemplo a escala de Dó, então o quarto grau é Fá (antes o terceiro grau era Mi, e assim por diante).
Os modos gregos podem ser construídos a partir de qualquer escala maior, estamos mostrando aqui somente a escala de Dó. Depois mostraremos em cima de outra escala maior para ajudar a esclarecer. Vamos ver então como ficou nossa escala de Fá Lídio:
F, G, A, B, C, D, E
Sequência observada: tom-tom-tom-semitom-tom-tom-semitom
Desenho do modo lídio:

Dica: É a escala maior com a 4ª aumentada

Modo mixolídio

O quinto modo grego é o modo Mixolídio. Na escala de Dó maior, o quinto grau é Sol. Veja abaixo então a escala de Sol mixolídio:
G, A, B, C, D, E, F
Sequência observada: tom-tom-semitom-tom-tom-semitom-tom
Desenho do modo mixolídio:

Dica: É a escala maior com a 7ª menor
Nós já explicamos a utilização dos modos gregos do ponto de vista de improviso, mas seria interessante aproveitar esse momento aqui para fazer uma observação.
Se quiséssemos solar uma música que está na tonalidade de Dó maior começando com a nota Sol, utilizaríamos a escala de Sol Mixolídio (até aqui nenhuma novidade). Talvez você ainda não tenha se convencido da utilidade disso na prática pois está pensando: “se eu quiser usar a escala maior de Dó começando com a nota Sol, eu pego o desenho de Dó maior, na região em que eu faria a escala de Dó maior, e faço esse desenho começando da nota Sol”:

Tudo bem, não há problema nisso. Mas digamos que uma música estivesse mudando de tonalidade. Imagine que estava em Sol Maior e agora passou a ser Dó maior. Você estava solando em sol maior utilizando a escala abaixo, nessa região do braço do instrumento:

Agora que a música passou a ser em Dó maior, você pulou para essa região:

Se você soubesse o desenho de Sol Mixolídio, poderia continuar na mesma região que estava antes, porém mudando o desenho que antes era esse:

Para esse:

Isso deixaria o solo infinitamente mais bonito e fluido, pois a mudança de tonalidade no solo seria muito suave e agradável.
Se, nesse exemplo, você mudar a região do braço para pensar na escala de Dó maior, você fará essa mudança de tonalidade ficar muito mais brusca e dura de engolir.
Ouça músicos como Pat Metheny, Mike Stern, Frank Gambale e observe como eles trabalham as modulações (mudanças de tonalidade). Essa fluidez vêm do domínio completo dos desenhos dos modos gregos.
Além disso, conhecer bem os desenhos desses modos ajudará você a não se prender a um desenho de escala somente, o que faria seu solo ficar “quadrado” e viciado. De quebra, esse domínio propicia um controle total do braço do instrumento.

Modo Eólico

Ok, o próximo modo é o modo Eólico (ou eólio) e corresponde ao sexto grau. No nosso exemplo, o sexto grau de Dó é Lá, então confira abaixo como ficou a escala:
A, B, C, D, E, F, G
Sequência observada: tom-semitom-tom-tom-semitom-tom-tom
Desenho do modo eólico:

Dica: É a escala menor natural!
Encontramos então um novo nome para a escala menor natural: Modo Eólico. A escala maior natural já tinha recebido um nome também, lembra? Modo jônico.
Você deve ter reparado que o sexto grau menor é a relativa menor (já estudamos isso), então fazer um solo utilizando o modo eólio nada mais é do que solar uma música usando a relativa menor.

Modo lócrio

O sétimo e último modo é o modo Lócrio. Confira abaixo o desenho:
B, C, D, E, F, G, A
Sequência observada: semitom-tom-tom-semitom-tom-tom-tom
Desenho do modo lócrio:

Dica: É a escala menor com a 2ª menor e 5ª diminuta.
Treinar os modos gregos pensando nos graus ajuda muito nossa mente e nosso ouvido a identificar rapidamente a tonalidade de uma música, pois você se acostuma com os padrões.

Resumo dos 7 modos gregos

Legal, já que fizemos tudo em cima da escala de Dó maior, vamos agora rapidamente mostrar como ficariam as sequências utilizando a escala de Sol maior (em vez de Dó maior), para você observar os shapes desses modos começando da 6ª corda:



Note como as sequências (tom-semitom, etc.) ficaram exatamente iguais às sequências de nosso estudo que utilizou a escala de Dó maior.
Já os desenhos (shapes) ficaram diferentes pelo fato de estarmos começando da 6ª corda em vez da 5ª.
Esses desenhos apresentados partindo da 5ª e 6ª cordas mantêm a mesma estrutura para outras tonalidades. Isso é muito favorável, pois aprendendo os shapes para essas tonalidades, você sabe para todas, basta transpor os mesmos desenhos para outros tons.
Ao longo de nosso estudo musical, você irá ouvir falar mais vezes nesses modos. Vendo a aplicação deles em diferentes contextos você irá ampliar sua visão e ficará cada vez mais convencido da utilidade deles. O importante é que agora você os pratique e gaste um tempo em cima desses desenhos, compreendendo de onde eles vieram.

A origem dos nomes

Antes de finalizarmos esse nosso primeiro estudo de modos gregos, vamos matar sua curiosidade dizendo de onde vieram esses nomes estranhos.
Os modos gregos surgiram da Grécia antiga. Alguns povos da região tinham maneiras peculiares de organizar os sons da escala temperada ocidental. Esses povos eram oriundos das regiões Jónia, Dória, Frigia, Lídia e Eólia. Por isso deram origem aos nomes que você acabou de ver.
O modo Mixolídio surgiu da mistura dos modos Lídio e Dórico. O modo Lócrio surgiu apenas para completar o ciclo, pois é um modo pouco utilizado na prática.
Os modos Jônico e Eólico acabaram sendo os mais utilizados, sendo muito difundidos na Idade Média. Mais tarde, acabaram recebendo os nomes “escala maior” e “escala menor” respectivamente.
O engraçado é que todo estudante de música acaba aprendendo primeiro os nomes “escala maior” e “escala menor”, antes mesmo de ouvir falar em modo jônico e eólico, sendo que os modos gregos vieram antes disso e são os pais dessas escalas.

1.600 palavras depois…

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Aula de Teclado para iniciantes - N° 3

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