Escalas relativas são as escalas que possuem as mesmas notas entre si e modo (maior ou menor) diferentes. Se você leu o artigo sobre improvisação, vai gostar de saber que as escalas relativas são muito utilizadas em improvisos, pois permitem mais ideias para o solo.
Todo improvisador que aprendeu a utilizar as escalas maiores e menores precisa aprender, logo em seguida, a utilizar as escalas relativas. Então vamos por partes:
O que é a escala relativa menor?
Pense em alguma escala maior, por exemplo, a escala de Dó maior. A escala relativa menor de Dó será a escala de Lá menor. Como regra, a escala relativa menor de uma escala maior é a escala menor do sexto grau dessa tonalidade. Falando assim parece confuso, mas é bastante simples na prática. Como estávamos em Dó, o sexto grau é Lá, então basta tocar Lá menor.
Obs: caso você ainda esteja meio perdido nessa questão dos graus, leia novamente o artigo “graus musicais”.
Bom, como você pode ver, não estamos aprendendo nenhuma escala nova aqui. Essa escala nada mais é do que a escala menor natural que já vimos, apenas estamos criando um vínculo do sexto grau em relação ao primeiro, e logo você vai entender o porquê disso.
Comparando duas escalas relativas
Se você pegar a escala de Dó maior e comparar com a escala de Lá menor, vai ver que elas possuem exatamente as mesmas notas. Ou seja, a escala maior possui uma escala relativa menor que é idêntica a ela. Incrível, não? Por isso o nome “relativa”. Compare abaixo, por exemplo, as escalas de Dó maior x Lá menor e Sol maior x Mi menor:
Escala Dó maior: C, D, E, F, G, A, B
Escala Lá menor: A, B, C, D, E, F, G
Escala Sol maior: G, A, B, C, D, E, F#
Escala Mi menor: E, F#, G, A, B, C, D
Isso é extremamente útil! Significa que podemos utilizar a escala de Lá menor para fazer um solo numa música cuja tonalidade é Dó maior. Ou seja, sempre que tivermos em uma tonalidade maior, podemos pensar em duas escalas: a escala maior dessa tonalidade e a escala relativa menor dessa tonalidade. Isso aumenta nossas opções na hora de pensar no solo.
Escala relativa maior
Da mesma forma, podemos pensar no inverso: toda tonalidade menor possui uma relativa maior. Essa relativa maior se localiza a um tom e meio acima da tonalidade menor. Por exemplo, um tom e meio acima de Lá é Dó. Portanto, a relativa maior de Lá menor é Dó maior.
Acordes relativos
Vale a pena destacar que esse conceito também existe para os acordes. O acorde relativo menor é o acorde de sexto grau da tonalidade maior em questão. Por exemplo, o acorde relativo menor de Dó é o acorde de sexto grau do campo harmônico de Dó maior, ou seja, Lá menor. Outro exemplo: suponha que a tonalidade seja Sol maior. A relativa menor de Sol será Mi menor.
Como os acordes relativos possuem uma afinidade entre si, eles podem ser trocados um pelo outro. Veremos isso com mais detalhes no estudo de funções harmônicas. Por enquanto, pense nas escalas, lembre que você sempre poderá utilizar a relativa menor junto com a escala maior. Experimente testar isso pegando uma música na tonalidade maior e tocando a relativa menor em cima dela. Veja como encaixa perfeitamente.
Agora que você já aprendeu o que precisava sobre escalas relativas, tente encontrar as relativas menores de todos os acordes ou escalas maiores. Depois, confira com a tabela abaixo:
Conteúdo ótimo.
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ResponderExcluirmuito bom conteúdo, aprendi um ouco mais
ResponderExcluirPorque contém um x mês escala harmônica e melódicas??
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